Adaptar Enzo Perez que é um rompedor,um homem de 1x1 à posição de médio centro é mais uma indicação da apetência de Jorge Jesus pelo ataque e pela intensidade ofensiva pretendida nos 3 corredores
pelo treinador do Benfica.A verdade é que ninguém pode acusar o técnico de ser incoerente pois o mesmo reage sempre à adversidade aumentando o poderio ofensivo da equipa.Se nos lembrarmos,a dificuldade em encontrar um lateral esquerdo esbarrou sempre também no perfil pretendido para o lugar depois da saída de Fábio Coentrão pois fica sempre a sensação que Jesus mais deseja um extremo adaptado(pendor ofensivo) que um defesa lateral que preconize o equilibrio entre a ação defensiva e ofensiva.Volto a afirmá-lo,podemos concordar ou não,mas não podemos acusar o técnico de ser incoerente.
Quanto à substituição de Witsel,desta vez,o técnico parece ir longe demais na procura de intensidade ofensiva em quase todas as zonas do terreno de jogo pois num esquema onde praticamente só defendem os centrais e um médio posicional à frente dos mesmos,é impossível não desequilibrar a equipa ao alterar as características do jogador a desempenhar a função de 8 e também porque Matic não é Javi e de posicional tem muito menos que o espanhol.É preciso fazer circular a bola e dar largura ao jogo sob risco de se tornar demasiado previsível o momento ofensivo do Benfica e sujeitar-se a repetidos contra-ataques sem as devidas compensações para fazer face aos mesmos.
Tenha sido ou não acertada a decisão do árbitro em assinalar penalty no 2º golo da Académica,a verdade é que o lance nasce de um contra-ataque da Briosa quando esta se encontra já em inferioridade numérica.
Não quero fazer leituras precipitadas até porque o jogo é o momento e a decisão de cada jogador pode pesar muito mais do que o «plano» da equipa principalmente porque naquela fase já a emoção tinha tomado conta das operações,a verdade é que Jorge Jesus tem pela frente,pelo menos até dezembro,a possibilidade de ser(ou não) «o mestre das táticas».Veremos!